Considerada como o fim da fase de fabricação dos hormônios femininos que regulam o ciclo menstrual, a menopausa atinge mulheres brasileiras, em média, a partir dos 51 anos, conforme recente pesquisa sobre a média de idade de início da menopausa na América Latina.
Nesta nova fase, os sintomas como ondas de calor, suor noturno e perda do sono se manifestam, prejudicando a qualidade de vida da mulher. Alguns cuidados precisam ser inseridos na saúde da mulher, como a Terapia de Reposição Hormonal (TRH), que contribui na melhora significativa redução destes sintomas.
O que, muitas vezes acontece, é que os aspectos negativos da Terapia de Reposição Hormonal (TRH) acabam sendo exaltados, enquanto os positivos são quase ignorados, causando insegurança e confusão por falta de informações.
Divulgado em 2002, o maior estudo sobre a TRH, conhecido como Women´s Health Initiative (WHI), associou, num primeiro momento, a TH ao aumento na incidência de doenças coronarianas e de câncer de mama, o que causou desestímulo aos pacientes e médicos. Após tal divulgação, inúmeros questionamentos começaram a ser feitos, resultando no contraponto da primeira leitura do estudo.
Os principais pontos questionados foram:
a pesquisa referiu-se a um único regime terapêutico e com doses padronizadas;
a média da idade pesquisada estava acima das pacientes submetidas atualmente ao tratamento;
os resultados não podem ser generalizados a outras terapias empregadas em TH
Atualmente, em toda comunidade médica mundial, o uso da TRH é uma importante intervenção farmacológica para o tratamento dos sintomas decorrentes da menopausa.
a média da idade pesquisada estava acima das pacientes submetidas atualmente ao tratamento;
os resultados não podem ser generalizados a outras terapias empregadas em TH
Atualmente, em toda comunidade médica mundial, o uso da TRH é uma importante intervenção farmacológica para o tratamento dos sintomas decorrentes da menopausa.
O aspecto mais valorizado e que requer bastante atenção é iniciar o tratamento no período em que compreende da peri-menopausa ou logo após a instalação da menopausa, também conhecido como janela da oportunidade. Outra tendência, após a reavaliação do estudo, é combinar os novos medicamentos sintetizados, como a trimegestona (progestagênios, desenvolvidos especialmente para tratar os sintomas do climatério) com os estrogênios em mínimas doses.
Recentemente publicado no Jama Journal of the American Medical Association, como resultado da pesquisa WHI, o uso isolado de estrogênio numa dosagem de 0,625 mg não aumentou a incidência do câncer de mama. O jornal destacou exatamente o contrário, ou seja, o efeito protetor dos estrogênios na incidência do câncer de mama. Desta forma, nas evidências disponíveis no WHI, a terapia isolada com estrogênios não aumenta o risco de câncer de mama. Porém, em pacientes que se adicionam substâncias progestacionais e num período de tratamento maior de cinco anos, a chance passa a ser oito casos a cada 10 mil usuárias.
Portanto, as atuais recomendações constituem um tratamento terapêutico de extrema importância para a saúde feminina. A visão alarmista das primeiras leituras dos dados agora se apresenta de forma apropriada para os benefícios à saúde e à segurança necessárias às usuárias.
MITOS E VERDADES sobre o Tratamento de Reposição Hormonal
MITOS E VERDADES
Toda mulher deve iniciar o Tratamento de Reposição Hormonal (TRH) assim que os primeiros sintomas de alterações menstruais surgirem.
O médico indicará a TRH, no momento que parecer oportuno à paciente, levando em consideração o exame clínico, a entrevista durante a consulta, além de exames complementares solicitados pelo médico. Após esta avaliação e em conjunto com a paciente, deverá ser estabelecida uma relação satisfatória entre benefícios e riscos do tratamento. A TRH será colocada em prática com o consentimento tanto do médico quanto da paciente e irá perdurar até o momento necessário e prudente. Como regra geral, as estatísticas apontam para os 51 anos como uma média para o início da menopausa.
Se a mulher faz o TRH durante muitos anos, ela corre o risco de desenvolver câncer de mama.
O risco do câncer de mama existe, porém é pequeno. Em regra geral, a TRH aumenta o risco discretamente, especialmente quando o regime de tratamento consta de estrógeno + progesterona. Nas usuárias de estrógeno apenas, não se verifica aumento de risco. Convém, por fim, lembrar que privar-se da TRH quando indicada e necessária não isentará algumas mulheres da incidência natural da doença (câncer de mama), ao longo de suas vidas, seja devido a fatores genéticos ou exógenos. Buscar a melhor qualidade de vida pode fazer a grande diferença.
Todas as mulheres apresentam os mesmos sintomas e em mesmas intensidades, como ondas de calor, suor noturno, perda do sono e secura vaginal.
Os sintomas são bem conhecidos, mas manifestam-se de maneiras diferentes em cada mulher. É possível notar uma certa ordem no aparecimento dos sintomas, mas é impossível esperar exatidão quando se trata de fatores biológicos. Cada mulher é única e sentirá os fatos de sua vida de modo muito pessoal.
A TRH reduz a chance de desenvolver osteoporose.
Mulheres sintomáticas devem receber o tratamento hormonal em doses suficientes para aliviar os sintomas vasomotores, reverter a atrofia urogenital, além de prevenir e também tratar a osteoporose.
Crédito:Fatima Nazareth
Autor:Ariane Pacheco
Fonte:Hill & Knowlton Brasil