Rio de Janeiro, 19 de Maio de 2024

18 de Outubro – Dia da Menopausa

Considerada como o fim da fase de fabricação dos hormônios femininos que regulam o ciclo menstrual, a menopausa atinge mulheres brasileiras, em média, a partir dos 51 anos, conforme recente pesquisa sobre a média de idade de início da menopausa na América Latina.
 
Nesta nova fase, os sintomas como ondas de calor, suor noturno e perda do sono se manifestam, prejudicando a qualidade de vida da mulher. Alguns cuidados precisam ser inseridos na saúde da mulher, como a Terapia de Reposição Hormonal (TRH), que contribui na melhora significativa redução destes sintomas.
 
O que, muitas vezes acontece, é que os aspectos negativos da Terapia de Reposição Hormonal (TRH) acabam sendo exaltados, enquanto os positivos são quase ignorados, causando insegurança e confusão por falta de informações.
 
Divulgado em 2002, o maior estudo sobre a TRH, conhecido como Women´s Health Initiative (WHI), associou, num primeiro momento, a TH ao aumento na incidência de doenças coronarianas e de câncer de mama, o que causou desestímulo aos pacientes e médicos. Após tal divulgação, inúmeros questionamentos começaram a ser feitos, resultando no contraponto da primeira leitura do estudo.
 
Os principais pontos questionados foram:
a pesquisa referiu-se a um único regime terapêutico e com doses padronizadas;
a média da idade pesquisada estava acima das pacientes submetidas atualmente ao tratamento;
os resultados não podem ser generalizados a outras terapias  empregadas em TH
Atualmente, em toda comunidade médica mundial, o uso da TRH é uma importante intervenção farmacológica para o tratamento dos sintomas decorrentes da menopausa.
 
O aspecto mais valorizado e que requer bastante atenção é iniciar o tratamento no período em que compreende da peri-menopausa ou logo após a instalação da menopausa, também conhecido como “janela da oportunidade”. Outra tendência, após a reavaliação do estudo, é combinar os novos medicamentos sintetizados, como a trimegestona (progestagênios, desenvolvidos especialmente para tratar os sintomas do climatério) com os estrogênios em mínimas doses.
 
Recentemente publicado no Jama – Journal of the American Medical Association, como resultado da pesquisa WHI, o uso isolado de estrogênio numa dosagem de 0,625 mg não aumentou a incidência do câncer de mama. O jornal destacou exatamente o contrário, ou seja, o efeito protetor dos estrogênios na incidência do câncer de mama. Desta forma, nas evidências disponíveis no WHI, a terapia isolada com estrogênios não aumenta o risco de câncer de mama. Porém, em pacientes que se adicionam substâncias progestacionais e num período de tratamento maior de cinco anos, a chance passa a ser oito casos a cada 10 mil usuárias.
 
Portanto, as atuais recomendações constituem um tratamento terapêutico de extrema importância para a saúde feminina. A visão alarmista das primeiras leituras dos dados agora se apresenta de forma apropriada para os benefícios à saúde e à segurança necessárias às usuárias.
 
 
 
 
MITOS E VERDADES sobre o Tratamento de Reposição Hormonal
  
MITOS E VERDADES
 
 
Toda mulher deve iniciar o Tratamento de Reposição Hormonal (TRH) assim que os primeiros sintomas de alterações menstruais surgirem.
 
O médico indicará a TRH, no momento que parecer oportuno à paciente, levando em consideração o exame clínico, a entrevista durante a consulta, além de exames complementares solicitados pelo médico. Após esta avaliação e em conjunto com a paciente, deverá ser estabelecida uma relação satisfatória entre benefícios e riscos do tratamento. A TRH será colocada em prática com o consentimento tanto do médico quanto da paciente e irá perdurar até o momento necessário e prudente. Como regra geral, as estatísticas apontam para os 51 anos como uma média para o início da menopausa.

 
Se a mulher faz o TRH durante muitos anos, ela corre o risco de desenvolver câncer de mama.
 
O risco do câncer de mama existe, porém é pequeno. Em regra geral, a TRH aumenta o risco discretamente, especialmente quando o regime de tratamento consta de estrógeno + progesterona. Nas usuárias de estrógeno apenas, não se verifica aumento de risco. Convém, por fim, lembrar que privar-se da TRH quando indicada e necessária não isentará algumas mulheres da incidência natural da doença (câncer de mama), ao longo de suas vidas, seja devido a fatores genéticos ou exógenos. Buscar a melhor qualidade de vida pode fazer a grande diferença.
 
 
Todas as mulheres apresentam os mesmos sintomas e em mesmas intensidades, como ondas de calor, suor noturno, perda do sono e secura vaginal.

 
Os sintomas são bem conhecidos, mas manifestam-se de maneiras diferentes em cada mulher. É possível notar uma certa ordem no aparecimento dos sintomas, mas é impossível esperar exatidão quando se trata de fatores biológicos. Cada mulher é única e sentirá os fatos de sua vida de modo muito pessoal.

 
A TRH reduz a chance de desenvolver osteoporose.
 
Mulheres sintomáticas devem receber o tratamento hormonal em doses suficientes para aliviar os sintomas vasomotores, reverter a atrofia urogenital, além de prevenir e também tratar a osteoporose.
 

Crédito:Fatima Nazareth

Autor:Ariane Pacheco

Fonte:Hill & Knowlton Brasil